sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

85 anos de votos das mulheres: a luta está apenas começando



“A mulher é metade da população, a metade menos favorecida. Seu labor no lar é incessante e anônimo; seu trabalho profissional é pobremente remunerado, e as mais das vezes o seu talento é frustrado, quanto às oportunidades de desenvolvimento e expansão. É justo, pois, que nomes femininos sejam incluídos nas cédulas dos partidos e sejam sufragados pelo voto popular”.

Bertha Lutz  (1894 - 1976)








Uma das pioneiras do movimento sufragista (pelo voto das mulheres) no Brasil foi a bióloga paulista Bertha Lutz. Ao longo de sua vida, ela lutou para que fossem implantados os direitos eleitorais e políticos das mulheres no país. A professora Celina Guimarães Vianna, de Mossoró, no Rio Grande do Norte, inseriu-se na luta e tornou-se a primeira mulher no Brasil e na América Latina a ter seu nome aceito como eleitora em 1927. Em 1928, uma votação histórica em Lages possibilitou a Luiza Alzira Teixeira Soriano tornar-se a primeira prefeita do país eleita pelo Partido Republicano. 





85 anos, em 24 de fevereiro de 1932, o voto foi estendido às mulheres através do Decreto nº 21,076 instituído no Código Eleitoral Brasileiro. Mas só podiam votar as mulheres casadas, e que tivessem a autorização dos maridos. Viúvas e solteiras só poderiam votar se tivessem renda própria. 

Estas restrições viriam a ser eliminadas com o Código Eleitoral de 1934, que ainda não tornava o voto feminino obrigatório. Somente em 1946, com a promulgação de uma nova Constituição, o voto das mulheres passou a ser obrigatório, e sem restrições. 

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A luta pela garantia plena dos direitos políticos das mulheres está recém começando, como comprovam os números do Tribunal Superior Eleitoral relativos às eleições de 2016: 


"Apesar de numa visão geral o percentual de mulheres candidatas ter ultrapassado 30%, ainda há uma dificuldade dos partidos e coligações nos municípios atenderem o que diz a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), que estabelece, em seu art. 10, que, nas eleições proporcionais, “(...) cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”. Isso significa que, nestas eleições, cada partido ou coligação de cada um dos 5.568 municípios do país deverá lançar candidatas ao cargo de vereador no percentual mínimo de 30%.

A obrigatoriedade imposta de percentual mínimo de mulheres nas disputais eleitorais foi reforçada pela minirreforma eleitoral de 2009 (Lei nº 12.034/2009), que substituiu a expressão prevista na lei anterior - “deverá reservar” - para “preencherá”.

A partir de então, o Tribunal Superior Eleitoral consolidou jurisprudência no sentido de que esse preenchimento é obrigatório. O Tribunal tem o entendimento de que, na impossibilidade de registro de candidaturas femininas no percentual mínimo de 30%, o partido ou a coligação deve reduzir o número de candidatos do sexo masculino para se adequar às cotas de gênero.

Segundo o TSE, os  percentuais de gênero devem ser observados não só no momento do registro de candidatura, como também em eventual preenchimento de vagas remanescentes e na substituição de candidatos. A Justiça Eleitoral também está atenta a eventuais fraudes no lançamento de candidaturas femininas apenas para preencher o quantitativo determinado pela Lei Eleitoral, sem dar suporte a essa participação com direito de acesso ao horário eleitoral gratuito na rádio e na televisão e aos  recursos do Fundo Partidário.

A cada eleição, campanhas institucionais realizadas pelo TSE no rádio e na TV estimulam a participação das mulheres na vida política do país. Estudo comparativo com outros países revela que a aplicação da lei não é suficiente para que haja incremento na quantidade de cadeiras ocupadas por mulheres, sendo necessário capacitar e criar programas de apoio, realizando campanhas de incentivo, a fim de despertar as condições para que as mulheres participem dos processos decisórios da nação.

As mulheres ocupam hoje baixos percentuais de vagas nos cargos eletivos no Brasil. São 10% dos deputados federais e 14% dos senadores, embora sejam metade da população e da força de trabalho na economia. O percentual é idêntico nas Assembleias Estaduais e menor ainda nas Câmaras de Vereadores e no Poder Executivo."

Leia o artigo completo clicando AQUI.  



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A história desta luta e da participação política das mulheres no Brasil está na Cartilha do projeto "Mulheres, cidadãs que podem!" disponível online e em versão impressa. 



Clique AQUI para acessar e baixar a Cartilha em PDF
Clique AQUI para acessar e baixar a Cartilha em apresentação de Powerpoint/PDF (com ilustrações)
Clique AQUI para acessar a Cartilha em WORD




As entidades e organizações interessadas em obter exemplares impressos da Cartilha devem enviar um e-mail para coletivofemininoplural@gmail.com com informações sobre a entidade e como pretendem utilizar o kit contendo a cartilha e material de informação do projeto. As propostas serão analisadas e passarão por uma seleção.











segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MULHERES, CIDADÃS QUE PODEM! Módulo: Educação a Distância




De março a junho de 2016, o Coletivo Feminino Plural realizou sete Cursos presenciais de Capacitação para o Empoderamento Político das Mulheres do Projeto "Mulheres, cidadãs que podem!".








Os cursos ocorreram em seis regiões funcionais do Rio Grande do Sul. Durante as aulas, as participantes receberam informação qualificada sobre relações de gênero, diversidade, cidadania, direitos humanos, políticas públicas para mulheres, comunicação política, Agenda do Movimento Feminista e das Mulheres.






A segunda etapa do projeto consiste no Módulo de Educação a Distância (EAD) intitulado "Gênero na Vida Comunitária: um desafio para todas as pessoas" que está disponível a partir de 16 de janeiro de 2017.

O módulo EAD pode ser realizado de acordo com a disponibilidade de horários de cada participante, e deverá ser concluído até dia 16 de fevereiro de 2017.

Dinâmico e interativo, este módulo tem por objetivo ampliar e fixar os conteúdos que foram trabalhados nas aulas presenciais.

ATENÇÃO: Todas as mulheres que participaram dos cursos presenciais devem realizar o módulo de EAD para receber o certificado de conclusão de 40 horas/aula totais do Projeto.




SOBRE O MÓDULO EAD

O Coletivo Feminino Plural firmou parceria com o Programa de Gênero e Religião da Faculdades EST para a realização do módulo de Ensino a Distância (EAD) do curso do Projeto "Mulheres, cidadãs que podem!"  Esta etapa será realizada através do Núcleo de Ensino a Distância da Faculdades EST (NeadEST) no curso "Gênero na Vida Comunitária: um desafio para todas as pessoas", com carga horária de 10 horas/aula.





COMO SE INSCREVER NO EAD

1-   Crie uma conta no portal do NeadEST, clicando AQUI.  Você receberá um e-mail de validação do cadastro.
2-  Escolha o curso: "Questões de Gênero na Vida Comunitária: um desafio para todas as pessoas".
3-  O certificado de conclusão do curso EAD da Faculdades EST é enviado automaticamente após a conclusão do curso. Corresponde a 10 horas/aula.
4- Após a emissão do certificado da Faculdades EST, envie um e-mail para projetomulherescidadas@gmail.com e solicite o certificado de conclusão do curso do Projeto "Mulheres, cidadãs que podem!" relativo às 40 horas/aula presenciais.





EMPODERAMENTO DE MULHERES NA POLÍTICA


Conteúdos do curso presencial - clique AQUI.

Para saber mais sobre o tema: Acervo Enid Backes - clique AQUI







DÚVIDAS? ENTRE EM CONTATO CONOSCO


Coletivo Feminino Plural – Projeto "Mulheres, cidadãs que podem!"
Fone: (51) 3221 5298 c/Leina ou Léa
E-mail: projetomulherescidadas@gmail.com

NeadEST
Fone: (51) 2111-1471
Atendimento: de segunda à sexta-feira,  das 07h30 às 17h.
E-mail: ead@est.edu.br

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Cartilha: evolução da participação das mulheres na política



As integrantes do projeto "Mulheres, cidadãs que podem!" organizaram em uma cartilha os dados básicos sobre a evolução da participação das mulheres na política. 

Cartilha contém dados sobre relações de gênero, agenda das mulheres, políticas públicas, participação e representação política, comunicação política, além de trazer informações sobre as pioneiras na luta pelos direitos das mulheres. 





Clique AQUI para acessar e baixar a Cartilha em PDF
Clique AQUI para acessar e baixar a Cartilha em Powerpoint
Clique AQUI para acessar a Cartilha em WORD




No vídeo abaixo, a jornalista Vera Daisy Barcellos, presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CONDIM), a cientista política e jornalista Telia Negrão, do Coletivo Feminino Plural, a cientista política e professora Jussara Prá, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Mulher e Gênero da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NIEM/UFRGS) e a deputada federal Maria do Rosário falam sobre a importância da eleição de mulheres nestas eleições.


















sábado, 25 de junho de 2016

MULHERES EMPODERADAS EM PORTO ALEGRE (RS)





Poder, afeto, troca, aprendizado, discussão, reflexão, compreensão, denúncia, desabafo, ação, planejamento, conquista, exercício, capacitação, emoção: palavras que definem o  6º curso "Mulheres, cidadãs que podem!", realizado em Porto Alegre (RS), de 23 a 25 de junho de 2016. 


 Confira AQUI todas as fotos do curso de Porto Alegre
















sexta-feira, 17 de junho de 2016

AGENDA: PORTO ALEGRE (RS)


"MULHERES, CIDADÃS QUE PODEM!" 

23, 24 e 25 de junho de 2016 (quinta, sexta e sábado) em Porto Alegre

Curso de capacitação e empoderamento de mulheres
para política e outros espaços de poder

QUEM PODE PARTICIPAR?

Mulheres filiadas ou não filiadas, ativistas de partidos políticos e do movimento de mulheres/feministas
 

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:  
projetomulherescidadas@gmail.com 

Participante do curso em Frederico Westphalen (RS): projetos para futuro

PROGRAMAÇÃO


Dia 23 de junho, das 18h30 às 20h30: recepção e acolhida das participantes
Local: Sede do Coletivo Feminino Plural (Andrade Neves, 159/65, Porto Alegre)

Dias 24 e 25 de junho, das 8h30 às 17h30: aulas
Local: Inspetoria Nossa Senhora - Casa de Formação (Rua Gonçalo de Carvalho, 390 | Porto Alegre)

Aulas com dinâmicas sobre:


- Relações de Gênero 
- Direitos Humanos das Mulheres 
- Agenda do Movimento de Mulheres e Diversidade
- Políticas Públicas de Gênero e para Mulheres 
- Cidadania, Democracia, Participação Política formal e informal,  Representação 
- Poder e Empoderamento 
- Comunicação Política



segunda-feira, 13 de junho de 2016

MULHERES EMPODERADAS EM FREDERICO WESTPHALEN


Pelo menos três mulheres candidatas nas próximas eleições; a reestruturação de Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher; a produção de um documentário sobre a participação das mulheres da região na resistência à ditadura; um ciclo de filmes para discutir relações de gênero nas escolas. 



Estes foram alguns dos projetos resultantes do curso "Mulheres, cidadãs que podem!" realizado de 10 a 12 de junho de 2016 no Centro de Formação do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) - Linha Tesoura Seberi. Participaram do encontro mulheres de Frederico Westphalen, Pinhal, Seberi, Caiçara, Panambi, Rodeio Bonito. 

Aula Aberta na Câmara Municipal de Frederico Westphalen

segunda-feira, 6 de junho de 2016

AGENDA: FREDERICO WESTPHALEN (RS)

AULA ABERTA:

"Os desafios ao empoderamento político das mulheres"

Dia 10 de junho (sexta-feira), às 19h,
na Câmara Municipal de Frederico Westphalen (RS)

A jornalista e cientista política Telia Negrão, coordenadora da ONG Coletivo Feminino Plural, vai dar uma Aula Aberta sobre o empoderamento político das mulheres.

A atividade faz parte da programação do curso "Mulheres, cidadãs que podem!" que será realizado de 10 a 12 de junho em Frederico Westphalen. As aulas do curso vão acontecer no Centro de Formação do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) – Linha Tesoura Seberi, no sábado (11) e domingo (12). 

Nas aulas, há debates e dinâmicas sobre cidadania, direitos humanos, políticas públicas, empoderamento feminino e liderança, comunicação política e agenda do movimento de mulheres. Podem participar mulheres filiadas ou não filiadas, ativistas de partidos políticos e do movimento de mulheres/feministas.


INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: projetomulherescidadas@gmail.com 

(Na fotos, Telia Negrão durante o curso em Rio Grande)